Até Breve, George Meek!
Cristina Rocha
Ao completar 89 invernos, falece um dos maiores entusiastas do intercâmbio entre o mundo material e o espiritual dos últimos tempos: George William Meek.
Idealizador do Spiricom (junção das palavras inglesas: spirit+communication) conseguiu com esse equipamento, nas décadas de 70 e 80, o primeiro diálogo gravado entre um encarnado – o extraordinário médium William John O’Neil, técnico em eletrônica e rádio-amador – e o Espírito George Jeffries Mueller, engenheiro elétrico falecido em 1967. Foram gravadas mais de 20 horas de comunicação bidirecional!
O Spiricom era uma aparelhagem relativamente complexa, que aliava eletromagnetismo e acústica.
NASCE UM IDEALISTA: A INFÂNCIA E A JUVENTUDE
Em 7 de janeiro de 1910 nascia George William Meek em Springfield, uma cidade de médio porte, localizada no meio do estado de Ohio, nos EUA, invadida por fundições, lojas de maquinários e a Universidade de Wittenberg.
Ainda criança, ele apreciava fazer modelos em escala de aviões e navios e, com a idade de 11 anos, construiu um rádio simples, que funcionava usando um pequeno cristal Galena, um fio fino chamado “bigode de gato”, um resistor variável e uma bobina embrulhada ao redor de uma caixa de aveia Quaker. Durante a infância, sua maior emoção foi o sucesso obtido ao sintonizar a KDKA pela primeira vez, a qual era uma estação de rádio de Pittsburg, a 150 milhas distante dalí.
Motivado por uma intensa curiosidade sobre a natureza da vida e do universo e em como o homem aí se enquadra, ele preferiu esse comprometimento científico e na área da Mecânica, aos esportes, apesar de seu pai ser proprietário de uma loja de artigos esportivos, na localidade.
Na adolescência, George iniciou a sua exploração sobre as grandes religiões do mundo. Tendo uma inclinação natural para a ciência, ele muito cedo começou a seguir a advertência bíblica: “procurar, bater e pedir!” Ele se esforçava por obter respostas para perguntas sobre Deus, a relação entre o Homem e Deus, céu e inferno, o propósito da vida e a possibilidade da vida após a morte.
O pai de Meek faleceu no início da Grande Depressão que assolou a América do Norte. Deixou-lhe verba insuficiente para a sua educação universitária. Os seus sonhos de estudar no conceituado Massachussets Institute of Technology (MIT) quase tornou-se realidade quando a Goodyear Corporation ofereceu 2 bolsas de estudo de 4 anos nessa tão prestigiosa faculdade de engenharia, para estudantes que tivessem as melhores idéias sobre mecânica. George ficou em terceiro lugar com seu registro de vários modelos em escala, incluindo um transatlântico, um aeroplano tri-motor de metal, e uma réplica do dirigível Shenandoah. Forçado a mudar seus sonhos, Meek estudou durante um ano na Universidade de Wittenberg, mudando-se, a seguir, para a de Michigan, onde diplomou-se em 1932.
Certa noite, quase ao final dos cursos de verão na faculdade, Meek dançou com uma jovem e atrativa mulher que ele acabava de conhecer: Jeannette Duncan. Apaixonaram-se e se casaram em 1934. Tiveram três filhos – George D., Willis E. e James L.. Jeannette era Mestre em Lingüística e Oratória, e professora de inglês e drama. Ela faleceu em abril de 1990.
MEEK: O PROFISSIONAL
Grande inventor, suas mais importantes patentes foram registradas no período entre os anos de 1960 e 1970. Alguns de seus inventos relacionados ao controle da poluição térmica e do ar foram patenteados em 13 países e são de propriedade da A.B. Carl Munters, em Estocolmo, na Suécia. Durante a 2.a Guerra Mundial trabalhou como Consultor Técnico em algumas instituições de Londres e de Washington, D.C. (USA). Após a guerra, durante aproximadamente 25 anos, planejou e supervisionou programas de pesquisa industrial e científica em laboratórios dos EUA e da Europa. Ainda, dedicou-se extensivamente às investigações nas áreas da psiquiatria, da psicologia e da medicina.
MEEK: O PESQUISADOR E ESCRITOR
De 1970 em diante, George Meek, à frente da Metascience Foundation, em Franklin, na Carolina do Norte, financiou e dedicou-se em tempo integral às pesquisas da natureza e dos campos energéticos do Homem, e da interpenetração do espaço-tempo dos sistemas.
Meek escreveu alguns livros, entre eles:
- “From Enigma to Science”, em 1972, que tece um panorama sobre os possíveis desenvolvimentos atualizados na pesquisa parapsicológica.
- “Healers and the Healing Process”, 1977: trata de informações sobre 10 anos de pesquisas levadas a efeito em 6 países por 14 reconhecidos investigadores na área da paranormalidade. Essa obra foi recomendada pela Organização Mundial de Saúde como leitura necessária aos profissionais de saúde em todos os países emergentes (Meek, 1987, p.192). Há tradução deste livro para o português: “As Curas Paranormais”, publicada pela Pensamento.
- “After we Die, What then?”, 1980: essa obra informa sobre respostas científicas a questões sobre a vida após a morte, delineadas a partir de uma variedade de fontes religiosas e metafísicas e relacionadas com as descobertas científicas emergentes. Em 1980, no Rio de Janeiro, a Editora Record publicou essa obra traduzida para o português por Gilberto Campista Guarino, com o título: “O Que nos Espera Depois da Morte ?”
- “The Magic of Living Forever”: refere-se a um opúsculo ilustrado, que explica como é possível para a mente, os bancos de memória e a personalidade sobreviver à morte do corpo físico.
O MAIS IMPORTANTE TRABALHO DE GEORGE MEEK
Segundo o cientista H.G.Andrade, o seu mais dileto amigo em plagas brasileiras, o trabalho mais importante desenvolvido por George Meek foi a divulgação da Transcomunicação Instrumental não só na Europa, mas no mundo todo. No ano de 1982, ele realizou 46 viagens visando esse mister. Ficou famoso o boletim emitido por ele, onde havia as mais atualizadas informações sobre a TCI: Unlimited Horizons.
A amizade de Andrade e Meek data da década de 1970, primeira vez que Meek veio a São Paulo, com uma equipe de cientistas e professores universitários americanos, para pesquisar fenômenos de materialização. Ele voltou várias vezes ao Brasil e os laços dessa amizade foram se fortalecendo cada vez mais. Meek, já então, teria voltado todos os seus esforços na investigação da Transcomunicação Instrumental. Ao que tudo indica, o eng. Andrade está de posse da mais completa informação sobre o Spiricom, inclusive das fitas gravadas ao longo da implantação desse projeto. Essa documentação foi-lhe presenteada pelo próprio George Meek, que teria investido nessa pesquisa, segundo ele mesmo comenta a Andrade, a quantia de mais de meio milhão de dólares.
Andrade finaliza: “… George Meek era uma grande pessoa. O sobrenome parece que é devido ao comportamento dessa família, do gênio bom deles, porque ‘Meek’ em inglês significa meigo, delicado, bondoso. Ele realmente fazia juz ao sobrenome. Um homem extraordinário! Apesar de muito dedicado à TCI, na última carta que me enviou disse que, no futuro, a Transcomunicação seria telepática.”
Dos Estados Unidos da América do Norte vem um outro depoimento: da conhecida pesquisadora de TCI e amiga pessoal de Meek – Sarah Estep. É ela, com sua peculiar simpatia, quem nos afirma: “ … George Meek foi (é) um homem maravilhoso… maravilhoso! Estou certa de que o tapete vermelho do Céu foi desenrolado para ele quando ele ali se aproximou há algum tempo, e que todos os coros celestes cantaram dando-lhe as boas vindas de retorno ao lar! …”
Sarah informou sobre o último livro escrito por Meek, o qual provavelmente será publicado no próximo ano e deverá conter transcontactos que ele teve com sua querida falecida esposa, Jeannette.
Ainda segundo Sarah, o seu primeiro encontro com G.Meek deu-se há 20 anos. Ele tinha ouvido falar dela e escreveu-lhe para ver se ela poderia trabalhar com o Spiricom. Como todos sabiam, William O’Neil estava obtendo extraordinário sucesso com o Spiricom e George Meek queria alguém que obtivesse o mesmo tipo de resultados, o que reforçaria os que O’Neil estava obtendo. Sarah concordou com o pedido de Meek.
Assim, quando da próxima viagem de Meek e sua esposa àquela região, Maryland, foram convidados a jantar com Sarah. Naquela noite, ele colocou algumas fitas cassetes com resultados obtidos por O’Neil para que ela escutasse. Sarah ficou extremamente excitada pois nunca tinha ouvido nada tão maravilhoso. E imediatamente concordou em trabalhar com o Spiricom.
ALGUMAS DECEPÇÕES
Portanto, no dia seguinte, Meek trouxe e instalou o equipamento na residência de Sarah, que trabalhou com esse sistema durante um mês. Obteve vozes, mas elas não eram jamais semelhantes às obtidas por O’Neil. Sarah enfatiza que de fato as vozes assim obtidas basicamente foram do mesmo tipo das conseguidas durante as suas gravações regulares, com o seu tradicional gravador de rolo. Durante o tempo em que o equipamento ficou com Sarah, Meek a chamaria com freqüência para saber como tudo estava indo.
Sarah enviou-lhe algumas fitas cassetes contendo vozes obtidas com o Spiricom. Depois de um mês, ela disse ao Meek que achava que o equipamento não iria funcionar com ela da maneira como ambos almejavam. Assim, quando Meek retornasse à região, ele o levaria de volta. Foi exatamente o que ele fêz uma semana mais tarde, ao viajar a Maryland. Eles permaneceram bons amigos, apesar dela não ter conseguido obter melhores resultados com esse sistema.
Segundo Sarah, esta situação foi uma terrível decepção para George Meek, o qual ainda tentou encontrar alguém com quem pudesse fazer parceria para dar continuidade aos experimentos com o Spiricom. No entanto, não encontrou ninguém suficientemente espiritualizado e desinteressado para prosseguir nesse mister.
Cerca de seis meses após, Meek apresentou o Spiricom ao resto do mundo, com as suas inúmeras viagens, totalmente custeadas por ele próprio.
Sarah finalizou afirmando que “… conforme disse antes, acredito que George era (e ainda é) uma pessoa muito maravilhosa! Foi o primeiro a nos mostrar que contactos extensivos a indivíduos em espírito era possível. Ele deu uma grande dose de esperança a todos que trabalham seriamente nesse campo de estudo e investigação, incentivando-os a continuarem os esforços no sentido de melhorar as comunicações com os que vivem em outras dimensões…”
Meek teria tido informação do Espírito Konstantin Raudive, através de telefonema vindo de Marduk e direcionado aos Estados Unidos, de que Jeannette, após sua morte, estaria participando da equipe da Estação Rio do Tempo. No entanto, parece que outra decepção de George foi não ter conseguido falar diretamente com sua querida esposa. E, no rol de suas frustrações, registra-se o fato dele constatar que o Spiricom só teria funcionado apresentando resultados extraordinários com O’Neil e com ninguém mais. Talvez porque nos fenômenos de TCI também são utilizados recursos liberados pelo campo mental do médium, verdadeira usina geradora de forças mentais poderosas. Portanto, com seu mais importante invento não conseguiu mudar o mundo, apesar ainda de sua convicção plena na Vida após a vida…
CONCLUSÃO
Fica a certeza de que agora, na Espiritualidade, Meek está tendo as recompensas de tanto esforço e dedicação aos assuntos do Espírito, já que, após o período de recuperação, estará novamente de posse da consciência plena, sem as limitações impostas pela estrutura bio-psico-fisiológica da matéria física. Isto porque, enquanto vivo, não conseguiu sucesso para o que tanto almejava: transmitir ao mundo a sua convicção absoluta na continuidade da vida após a morte do corpo físico.
No entanto, registra-se a grandeza de sua façanha, com as palavras do pesquisador Andrade: “…Talvez, as gerações futuras, olhando ao longo da perspectiva da História, façam a justa avaliação do feito de George W. Meek e seus colegas, a nosso ver, mais importante e significante do que o primeiro passo do homem na Lua…”. (Andrade, 1983, p.111).
Ao grande pioneiro da TCI: George W. Meek, o eterno reconhecimento da Humanidade pelo seu imenso esforço e dedicação. E o nosso “ATÉ BREVE, GEORGE MEEK !”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, H.G. (1998) A Transcomunicação Através dos Tempos. São Paulo: FE Editora.
ANDRADE, H.G. (1983). Morte, Renascimento, Evolução. São Paulo: Pensamento.
FULLER, J.G. (1985). The Ghost of 29 Megacycles. A New Breakthrough in Life After Death? London: Souvenir Press.
MEEK, G.W. (1987) After we Die, What Then? Columbus, Ohio: Ariel Press.
PS.: Correspondências com Sarah Estep e Mark Macy (USA)
Nesta coluna conheceremos uma personalidade de relevo na pesquisa e divulgação da TCI. Neste número apresentamos George Meek.{:}{:pt}
Até Breve, George Meek!
Cristina Rocha
Ao completar 89 invernos, falece um dos maiores entusiastas do intercâmbio entre o mundo material e o espiritual dos últimos tempos: George William Meek.
Idealizador do Spiricom (junção das palavras inglesas: spirit+communication) conseguiu com esse equipamento, nas décadas de 70 e 80, o primeiro diálogo gravado entre um encarnado – o extraordinário médium William John O’Neil, técnico em eletrônica e rádio-amador – e o Espírito George Jeffries Mueller, engenheiro elétrico falecido em 1967. Foram gravadas mais de 20 horas de comunicação bidirecional!
O Spiricom era uma aparelhagem relativamente complexa, que aliava eletromagnetismo e acústica.
NASCE UM IDEALISTA: A INFÂNCIA E A JUVENTUDE
Em 7 de janeiro de 1910 nascia George William Meek em Springfield, uma cidade de médio porte, localizada no meio do estado de Ohio, nos EUA, invadida por fundições, lojas de maquinários e a Universidade de Wittenberg.
Ainda criança, ele apreciava fazer modelos em escala de aviões e navios e, com a idade de 11 anos, construiu um rádio simples, que funcionava usando um pequeno cristal Galena, um fio fino chamado “bigode de gato”, um resistor variável e uma bobina embrulhada ao redor de uma caixa de aveia Quaker. Durante a infância, sua maior emoção foi o sucesso obtido ao sintonizar a KDKA pela primeira vez, a qual era uma estação de rádio de Pittsburg, a 150 milhas distante dalí.
Motivado por uma intensa curiosidade sobre a natureza da vida e do universo e em como o homem aí se enquadra, ele preferiu esse comprometimento científico e na área da Mecânica, aos esportes, apesar de seu pai ser proprietário de uma loja de artigos esportivos, na localidade.
Na adolescência, George iniciou a sua exploração sobre as grandes religiões do mundo. Tendo uma inclinação natural para a ciência, ele muito cedo começou a seguir a advertência bíblica: “procurar, bater e pedir!” Ele se esforçava por obter respostas para perguntas sobre Deus, a relação entre o Homem e Deus, céu e inferno, o propósito da vida e a possibilidade da vida após a morte.
O pai de Meek faleceu no início da Grande Depressão que assolou a América do Norte. Deixou-lhe verba insuficiente para a sua educação universitária. Os seus sonhos de estudar no conceituado Massachussets Institute of Technology (MIT) quase tornou-se realidade quando a Goodyear Corporation ofereceu 2 bolsas de estudo de 4 anos nessa tão prestigiosa faculdade de engenharia, para estudantes que tivessem as melhores idéias sobre mecânica. George ficou em terceiro lugar com seu registro de vários modelos em escala, incluindo um transatlântico, um aeroplano tri-motor de metal, e uma réplica do dirigível Shenandoah. Forçado a mudar seus sonhos, Meek estudou durante um ano na Universidade de Wittenberg, mudando-se, a seguir, para a de Michigan, onde diplomou-se em 1932.
Certa noite, quase ao final dos cursos de verão na faculdade, Meek dançou com uma jovem e atrativa mulher que ele acabava de conhecer: Jeannette Duncan. Apaixonaram-se e se casaram em 1934. Tiveram três filhos – George D., Willis E. e James L.. Jeannette era Mestre em Lingüística e Oratória, e professora de inglês e drama. Ela faleceu em abril de 1990.
MEEK: O PROFISSIONAL
Grande inventor, suas mais importantes patentes foram registradas no período entre os anos de 1960 e 1970. Alguns de seus inventos relacionados ao controle da poluição térmica e do ar foram patenteados em 13 países e são de propriedade da A.B. Carl Munters, em Estocolmo, na Suécia. Durante a 2.a Guerra Mundial trabalhou como Consultor Técnico em algumas instituições de Londres e de Washington, D.C. (USA). Após a guerra, durante aproximadamente 25 anos, planejou e supervisionou programas de pesquisa industrial e científica em laboratórios dos EUA e da Europa. Ainda, dedicou-se extensivamente às investigações nas áreas da psiquiatria, da psicologia e da medicina.
MEEK: O PESQUISADOR E ESCRITOR
De 1970 em diante, George Meek, à frente da Metascience Foundation, em Franklin, na Carolina do Norte, financiou e dedicou-se em tempo integral às pesquisas da natureza e dos campos energéticos do Homem, e da interpenetração do espaço-tempo dos sistemas.
Meek escreveu alguns livros, entre eles:
- “From Enigma to Science”, em 1972, que tece um panorama sobre os possíveis desenvolvimentos atualizados na pesquisa parapsicológica.
- “Healers and the Healing Process”, 1977: trata de informações sobre 10 anos de pesquisas levadas a efeito em 6 países por 14 reconhecidos investigadores na área da paranormalidade. Essa obra foi recomendada pela Organização Mundial de Saúde como leitura necessária aos profissionais de saúde em todos os países emergentes (Meek, 1987, p.192). Há tradução deste livro para o português: “As Curas Paranormais”, publicada pela Pensamento.
- “After we Die, What then?”, 1980: essa obra informa sobre respostas científicas a questões sobre a vida após a morte, delineadas a partir de uma variedade de fontes religiosas e metafísicas e relacionadas com as descobertas científicas emergentes. Em 1980, no Rio de Janeiro, a Editora Record publicou essa obra traduzida para o português por Gilberto Campista Guarino, com o título: “O Que nos Espera Depois da Morte ?”
- “The Magic of Living Forever”: refere-se a um opúsculo ilustrado, que explica como é possível para a mente, os bancos de memória e a personalidade sobreviver à morte do corpo físico.
O MAIS IMPORTANTE TRABALHO DE GEORGE MEEK
Segundo o cientista H.G.Andrade, o seu mais dileto amigo em plagas brasileiras, o trabalho mais importante desenvolvido por George Meek foi a divulgação da Transcomunicação Instrumental não só na Europa, mas no mundo todo. No ano de 1982, ele realizou 46 viagens visando esse mister. Ficou famoso o boletim emitido por ele, onde havia as mais atualizadas informações sobre a TCI: Unlimited Horizons.
A amizade de Andrade e Meek data da década de 1970, primeira vez que Meek veio a São Paulo, com uma equipe de cientistas e professores universitários americanos, para pesquisar fenômenos de materialização. Ele voltou várias vezes ao Brasil e os laços dessa amizade foram se fortalecendo cada vez mais. Meek, já então, teria voltado todos os seus esforços na investigação da Transcomunicação Instrumental. Ao que tudo indica, o eng. Andrade está de posse da mais completa informação sobre o Spiricom, inclusive das fitas gravadas ao longo da implantação desse projeto. Essa documentação foi-lhe presenteada pelo próprio George Meek, que teria investido nessa pesquisa, segundo ele mesmo comenta a Andrade, a quantia de mais de meio milhão de dólares.
Andrade finaliza: “… George Meek era uma grande pessoa. O sobrenome parece que é devido ao comportamento dessa família, do gênio bom deles, porque ‘Meek’ em inglês significa meigo, delicado, bondoso. Ele realmente fazia juz ao sobrenome. Um homem extraordinário! Apesar de muito dedicado à TCI, na última carta que me enviou disse que, no futuro, a Transcomunicação seria telepática.”
Dos Estados Unidos da América do Norte vem um outro depoimento: da conhecida pesquisadora de TCI e amiga pessoal de Meek – Sarah Estep. É ela, com sua peculiar simpatia, quem nos afirma: “ … George Meek foi (é) um homem maravilhoso… maravilhoso! Estou certa de que o tapete vermelho do Céu foi desenrolado para ele quando ele ali se aproximou há algum tempo, e que todos os coros celestes cantaram dando-lhe as boas vindas de retorno ao lar! …”
Sarah informou sobre o último livro escrito por Meek, o qual provavelmente será publicado no próximo ano e deverá conter transcontactos que ele teve com sua querida falecida esposa, Jeannette.
Ainda segundo Sarah, o seu primeiro encontro com G.Meek deu-se há 20 anos. Ele tinha ouvido falar dela e escreveu-lhe para ver se ela poderia trabalhar com o Spiricom. Como todos sabiam, William O’Neil estava obtendo extraordinário sucesso com o Spiricom e George Meek queria alguém que obtivesse o mesmo tipo de resultados, o que reforçaria os que O’Neil estava obtendo. Sarah concordou com o pedido de Meek.
Assim, quando da próxima viagem de Meek e sua esposa àquela região, Maryland, foram convidados a jantar com Sarah. Naquela noite, ele colocou algumas fitas cassetes com resultados obtidos por O’Neil para que ela escutasse. Sarah ficou extremamente excitada pois nunca tinha ouvido nada tão maravilhoso. E imediatamente concordou em trabalhar com o Spiricom.
ALGUMAS DECEPÇÕES
Portanto, no dia seguinte, Meek trouxe e instalou o equipamento na residência de Sarah, que trabalhou com esse sistema durante um mês. Obteve vozes, mas elas não eram jamais semelhantes às obtidas por O’Neil. Sarah enfatiza que de fato as vozes assim obtidas basicamente foram do mesmo tipo das conseguidas durante as suas gravações regulares, com o seu tradicional gravador de rolo. Durante o tempo em que o equipamento ficou com Sarah, Meek a chamaria com freqüência para saber como tudo estava indo.
Sarah enviou-lhe algumas fitas cassetes contendo vozes obtidas com o Spiricom. Depois de um mês, ela disse ao Meek que achava que o equipamento não iria funcionar com ela da maneira como ambos almejavam. Assim, quando Meek retornasse à região, ele o levaria de volta. Foi exatamente o que ele fêz uma semana mais tarde, ao viajar a Maryland. Eles permaneceram bons amigos, apesar dela não ter conseguido obter melhores resultados com esse sistema.
Segundo Sarah, esta situação foi uma terrível decepção para George Meek, o qual ainda tentou encontrar alguém com quem pudesse fazer parceria para dar continuidade aos experimentos com o Spiricom. No entanto, não encontrou ninguém suficientemente espiritualizado e desinteressado para prosseguir nesse mister.
Cerca de seis meses após, Meek apresentou o Spiricom ao resto do mundo, com as suas inúmeras viagens, totalmente custeadas por ele próprio.
Sarah finalizou afirmando que “… conforme disse antes, acredito que George era (e ainda é) uma pessoa muito maravilhosa! Foi o primeiro a nos mostrar que contactos extensivos a indivíduos em espírito era possível. Ele deu uma grande dose de esperança a todos que trabalham seriamente nesse campo de estudo e investigação, incentivando-os a continuarem os esforços no sentido de melhorar as comunicações com os que vivem em outras dimensões…”
Meek teria tido informação do Espírito Konstantin Raudive, através de telefonema vindo de Marduk e direcionado aos Estados Unidos, de que Jeannette, após sua morte, estaria participando da equipe da Estação Rio do Tempo. No entanto, parece que outra decepção de George foi não ter conseguido falar diretamente com sua querida esposa. E, no rol de suas frustrações, registra-se o fato dele constatar que o Spiricom só teria funcionado apresentando resultados extraordinários com O’Neil e com ninguém mais. Talvez porque nos fenômenos de TCI também são utilizados recursos liberados pelo campo mental do médium, verdadeira usina geradora de forças mentais poderosas. Portanto, com seu mais importante invento não conseguiu mudar o mundo, apesar ainda de sua convicção plena na Vida após a vida…
CONCLUSÃO
Fica a certeza de que agora, na Espiritualidade, Meek está tendo as recompensas de tanto esforço e dedicação aos assuntos do Espírito, já que, após o período de recuperação, estará novamente de posse da consciência plena, sem as limitações impostas pela estrutura bio-psico-fisiológica da matéria física. Isto porque, enquanto vivo, não conseguiu sucesso para o que tanto almejava: transmitir ao mundo a sua convicção absoluta na continuidade da vida após a morte do corpo físico.
No entanto, registra-se a grandeza de sua façanha, com as palavras do pesquisador Andrade: “…Talvez, as gerações futuras, olhando ao longo da perspectiva da História, façam a justa avaliação do feito de George W. Meek e seus colegas, a nosso ver, mais importante e significante do que o primeiro passo do homem na Lua…”. (Andrade, 1983, p.111).
Ao grande pioneiro da TCI: George W. Meek, o eterno reconhecimento da Humanidade pelo seu imenso esforço e dedicação. E o nosso “ATÉ BREVE, GEORGE MEEK !”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, H.G. (1998) A Transcomunicação Através dos Tempos. São Paulo: FE Editora.
ANDRADE, H.G. (1983). Morte, Renascimento, Evolução. São Paulo: Pensamento.
FULLER, J.G. (1985). The Ghost of 29 Megacycles. A New Breakthrough in Life After Death? London: Souvenir Press.
MEEK, G.W. (1987) After we Die, What Then? Columbus, Ohio: Ariel Press.
PS.: Correspondências com Sarah Estep e Mark Macy (USA)
Nesta coluna conheceremos uma personalidade de relevo na pesquisa e divulgação da TCI. Neste número apresentamos George Meek.{:}